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Thursday, July 24, 2014

COMEÇANDO BEM O ANO DE 2013...

No meu retorno à Finlândia, três meses depois, estava na hora do meu check-up anual. Os resultados da mamografia acusaram uma mancha na mama operada. Meu Deus, que susto!! teria que submeter-me novamente a uma biópsia!!, mas enfrentei tudo com muita fé, muita força e quando os resultados chegaram, senti o quanto valeu a pena ser fortalecida com a minha fé. Aquela mancha ainda era do hematoma da cirurgia. Cai de joelhos aos prantos e mais uma vez, agradeci a Deus pela vida!

Assim, comecei bem o ano de 2014, mais otimista e com a minha fé fortalecida!


Desse modo, passamos o nosso verão descansando.

O nosso verão aqui, da Finlândia, raramente é quente. Nesse verão de 2013, foi chuvoso e frio. Tentei ficar em casa descansando. Pela manhã, sempre sinto uns sintomas tipo: tonturas, essas me acompanham por muito tempo, fadiga, dores de cabeça, enjoos moderados, muita tristeza. Fui ao médico e ele falou que esses sintomas, eram típicos de quem toma o letrozol, remédio que detém as células cancerígenas e um tratamento hormonal que foi receitado por 5 anos. O meu médico aconselhou-me a procurar um psicanalista e assim o fiz. Duas vezes na semana, fazia a terapia e acho que ajudou um pouco. 

Depois de três meses, resolvi retornar ao Brasil, pois na última vez que lá estive, deixei as chaves da nossa casa, no Sitio do Conde, nas mãos de um Pastor que tem uma Igreja evangélica naquela localidade, com a promessa do mesmo de alugar ou vendê-la. Depois que cheguei à Finlandia, esse Pastor teve a idéia de conseguir um caseiro e para isso, teria que mandar um salário mensal.

Recebia sempre notícias da minha irmã Joselita que estava indo tudo bem na casa e o rapaz cuidava de tudo.

Em Setembro do mesmo ano de 2013, sentido-me um pouco melhor, tomei um vôo da TAP para Salvador. A viagem foi excelente e, no aeroporto de Salvador, estavam à minha espera as minhas irmãs Joselita e Gildete, junto com as minhas sobrinhas e uma amiga.

Como a nossa casa estava sendo cuidada por um caseiro sob a responsabilidade de um Pastor, resolvi ficar um pouco em Salvador com a minha irmã Joselita, pois a mesma, que morava antes na nossa casa no Sítio do Conde, resolveu morar em Salvador para ficar perto do seu médico.

Depois de uma semana que estava em Salvador, chovia bastante e o lugar onde a minha irmã mora tem um fluxo muito grande de carros. O barulho do trafégo era insuportável, sem contar a poluição. Em seguida, já tendo se passado duas semanas que estava lá, acordei com uma dor insuportável no ouvido direito. Logo pela manhã, comecei fazendo ligações, tentando achar uma clínica para ser atendida por um profissional. Sem sucesso pelo telefone, resolvi, juntamente com a minha sobrinha, tomar um táxi e procurar pessoalmente uma clínica particular. As dores eram intensas, agregadas ao mal estar e a febre.

Percorremos em torno de 6 clínicas particulares e nenhuma delas tinha sequer um horário para me atender. Que absurdo!! Eu, disposta a pagar o valor que me pedissem, não conseguia ser atendida e como as dores incomodavam-me terrivelmente, retornei para casa.

Chegando em casa, abri o computador e fiz um desabafo na minha página no Facebook. Não demorou 10 minutos, e como um presente dos céus, havia um recado da minha amiga Maria O'leary, que mora nos Estados Unidos e estava no Brasil visitando a família. Ela tem uma sobrinha que é uma otorrrinolaringologista do Hospital Santa Isabel e a mesma, assim que foi consultada pela família, prontificou-se, de imediato, a me atender!! Aquilo era milagre! Tudo foi providenciado. Os pais dessa médica, gentilmente, foram buscar-me e em menos de uma hora, já tinha sido atendida e medicada!!

Em duas semanas, com os antibióticos e os cuidados dessa médica muito competente e carinhosa, já estava curada do meu ouvido! A ela, e a familia, os nossos agradecimentos e apreço!! 

Já totalmente recuperada do problema do ouvido, uma sexta feira à noite, fui convidada por uma amiga para acompanhá-la até o Conde, como já fazia um mês que tinha chegado da Finlândia e não tinha ainda vista a nossa casa cuidada por um caseiro, resolve aceitar a carona.

Saimos bem cedinho de Salvador e chegamos no Sitio do Conde por volta das 10 da manhã. Quando a minha amiga parou o carro na porta de casa, bati no portão e não obtive resposta. Como não tinha as chaves mas sabendo que o caseiro deveria estar lá, bati novamente no portâo e ninguém veio atender. Depois de várias tentativas, resolve ligar para o Pastor e o mesmo me disse que o caseiro tinha dado uma saída. Em torno de 10 a 15 minutos, chega um rapaz, aparentando uns 16 a 17 anos, com os olhos inchados, talvez estivesse dormindo na casa dele. Quando ele abriu o portão, não acreditava no que estava vendo! O meu jardim completamento abandonado e o choque mais forte, quando o mesmo abriu a porta da rua! A casa estava literalmente abandonada, cheia de areia e uma sujeira de fazer dó!

Um pouco ainda confusa, pois estava pagando para aquele rapaz dormir na casa e cuidar da mesma e do jardim, estava difícil para entender aquela cena! Quando lhe perguntei o porquê de tantas sujeiras, o mesmo respondeu-me que estava indo limpar aquele final de semana.

Resolvi, junto com ele, fazer uma faxina, muito embora o meu tempo era pouco porque a minha amiga iria retornar à Salvador naquele mesmo dia. Como ainda era um rapaz jovem, decidi não despedí-lo. Acho que fiquei com pena.

Retornei a Salvador. Os dias passavam e não conseguia entender tudo aquilo porque, no dia certo, o salário daquele rapaz era depositado na conta do Pastor.

Durante a semana, encontrei-me com a minha grande e querida amiga que mora nos Estados Unidos, Maria O'leary, no Shopping Salvador. Foram horas de muitas alegrias e bem estar. Almoçamos juntas e conversamos bastante e ela, minha amiga, felicíssima com o nascimento do seu netinho Arthur. Depois, à tarde, veio ao nosso encontro a prima dela e minha grande amiga também, Jaci Costa. Tiramos fotos, rimos e nos divertimos!




No final da semana seguinte, decidi ir novamente para nossa casa e ficar por lá o tempo que fosse necessário, pois decidi alugá-la.

Chegando lá também de surpresa e bem cedinho, por mais uma vez, o caseiro não estava e mais uma vez, tive que ligar para esse Pastor maldito para abrir o portão e a casa.

O Pastor não deu as caras, mas o caseiro veio com as chaves e eu então lhe disse que não queria mais os seus serviços. Consegui contato com uma ex- empregada que, imediatamente, veio com o marido para ficar comigo. Nesse dia, descobri que o fogão de 6 bocas, junto com o botijão de gás, haviam sidos roubados e outros itens como: eletrodomésticos, toalhas de banho, panelas, roupas de cama e até as redes da varanda. Acho que fui um pouco culpada por isso porque, na primeira vez que lá estive, deveria investigar o que se passava na casa. Fiquei sabendo que o caseiro era usuário de drogas e ainda levava pessoas para usarem o espaço da casa, para esse fim. Fiquei chocada porque todas essas mazelas vieram de um Pastor!! Fiquei também sabendo que o salário, que mandava para a conta do Pastor, não era repassado para o caseiro. O Pastor esperto, colocava o dinheiro no bolso e dava uma cesta básica para esse rapaz, que na verdade, o que mais precisava era tratamento para se livrar das drogas!! Troquei todas as chaves da casa e contratei um jardineiro para recuperar o jardim. Resultado, paguei a uma pessoa durante 8 meses e ainda perdi itens da minha casa! Nunca encontrava esse Pastor para saber, porque fez isso comigo? Nunca o encontrava! Resolvi mandar um email, cobrando-o de todo o prejuízo pois, afinal, era ele o responsável, quando ficou com as chaves da nossa casa. O mesmo respondeu-me com insultos e agressões, em palavras!! Passei 3 semanas lá, consegui alugar a casa e retornei a Salvador. Ficou a experiência, de não confiarmos naquelas pessoas que não conhecemos direito. Foi uma experiência muito triste!!

Retornei a Salvador e algumas semanas depois, enfrentando também problemas com algumas pessoas da familia, antecipei a minha viagem e retornei à Finlândia! Naquela ocasião, tive que esperar 12 horas em Lisboa para a minha conexão para Helsinki. Fui para Sala Vip. Lá, tem um buffet com canapés, uma variedade grande de sanduiches, frutas, bebidas, cafés e chás e outras delicias!


Despedida do Brasil com o meu sobrinho no colo, David José.

Sala Vip do Aeroporto de Lisboa


Chegando em Helsinki, a alegria voltou ao meu coração de abraçar o meu marido, filhas e neto, encontrando todos já com o clima natalino. A decoração de Natal, contrastando com o branco da neve, era uma lindeza!

Eu e Jouko, resolvemos permanecer em Helsinki para passarmos o Natal e Ano Novo todos juntos!

Noite do Natal , na casa de Adriana. Helsink, 2013.

Noite do Natal 2013

Noite do Natal 2013

Ano Novo na casa de Adriana.2014

Ano Novo, com Adriana.2014

Wednesday, July 23, 2014

CEIANDO COM CRIANÇAS CARENTES NO NATAL DE 2012!

Estou bem, mesmo ainda com as tonturas que não deixam de me incomodar, sigo em frente, sei que venci essa doenca, sinto-me forte, tão forte que três meses depois do término da radioterapia, já estava dentro de um avião retornando ao Brasil, para mais uma temporada , ansiosa de abraçar os meus entes queridos. Chegando em casa, decidi comprar móveis novos e pintar toda a casa de uma cor mais alegre, o cor de rosa. No Natal, iluminei todo o jardim com lâmpadas led e pisca-pisca. A varanda toda decorada com motivos natalinos, estava à espera de 52 crianças para ceiarem comigo na noite do Natal. 52 brinquedos, trazidos da Finlândia, estavam a espera para fazer a alegria daquelas crianças carentes, os bolos, chocolates e doces trazidos também da Finlandia. A emoção foi muito forte de ver aquelas crianças tendo a ceia do Natal e recebendo aqueles brinquedos. Uma delas, veio com muito carinho agradecer-me, principalmente pela refeição. Disse-me que, até aquela hora, às 19.00h, não tinha tido nada para comer durante todo o dia. Elas foram trazidas pela Igreja Batista, cujo pastores e mais alguns adultos, também participaram da ceia. No final, essas crianças fizeram uma apresentação para mim, quando cantaram e fizeram uma espécie de teatro.


 



Assim passei o meu verão no Brasil junto a minha familia, mesmo não sendo autorizada pelo meu médico a tomar sol, devido a radioterapia que tinha recebido fazia apenas alguns meses.