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Sunday, August 17, 2014

ÚLTIMOS DESLUMBRAMENTOS NA CAPPADOCIA - TURQUIA

A nossa programação para o dia seguinte seria ir à Nevsehir, visitar as casas dos trogloditas e, depois, dar um passeio pela cidade, comprar doces artesanais e curtir os jardins floridos com aquelas rosas enormes, de cores e tamanhos variados. 

Mais encantamento! mais surpresa e claro, mais esforços para subir e descer aqueles acessos para dentro das cavernas. Porém, tinha que aproveitar o tempo que nos restava. Nessas habitações, podia-se perceber que a temperatura ambiente era muito confortável, comparando os 37 graus celcius lá fora. Podia-se observar algumas pinturas... manuscritos e ainda a marca que, ali, viveu uma civilização muito antiga, devido aos ambientes rústicos. 





Fora dali, parecia que estava vivendo e vendo um cenário de um outro planeta... nada comparado ao que temos visto até hoje! Aqueles vales contrastando com as montanhas, ornadas com aqueles cogumelos e cones, com os raios solares a brilhar naquele cenário, dava-me mais forças para continuar. Contudo, logo mais a noite, um show espetacular nos esperava!

Optamos por ir pela excursão, porque assim, Jouko podia tomar vinho. Lá chegando, fiquei impressionada com o tamanho do lugar chamado Harmandali, que segundo informações, era a maior casa de shows da Turquia. A casa estava cheia, pessoas de várias nacionalidades. A nossa mesa estava ornada com bandejas de frutas, petiscos, vinho tinto e branco, RAKI, cervejas e outros tipos de bebidas como refrigerantes e sucos. Mais ainda, uma outra imensa com comidas típicas da Turquia.




Em seguida, comecou o espetáculo com danças típicas turcas e a tão esperada "dança do ventre". Dentre elas, seriam mostradas danças de cinco países: Marrocos, Irã, Egito, Turquia e Índia. Cada uma delas deixava-me fascinada, mas a "dança do véu", para mim, era a mais esperada! Essa dança, segundo a história, foi executada por uma jovem linda chamada Salomé que dançou para agradar o Rei Herodes, o qual gostou tanto da dança que lhe ofereceu qualquer coisa que ela desejasse. A mesma, consultando a sua mãe, foi-lhe aconselhada a pedir a cabeça de João Batista e esse pedido foi imediatamente atendido!


VÍDEO: SHOW EM NEVSEHIR

VÍDEO: DANÇA DOS SETE VÉUS


Fiquei fascinada com essa dança, pois nunca tinha antes visto ao vivo. No final da dança, ela, a dançarina, veio em minha direção e deu-me um dos véus, que era amarelo claro, que representa o sol, trazendo alegria e esperança! Adorei!! Uma curiosidade é que, a dançarina era naturalizada turca, mas de origem brasileira. Foram três horas de espetáculo, estava fascinada!! Algum fotográfo profissional tirou a minha foto, sem eu perceber e, na saída, estava lá em um lugar estratégico, um prato de parede com a minha foto. Claro que gostei e comprei o mesmo!

Prato de parede, com a minha foto

A dança dos sete véus, em sua origem remota, no Egito antigo, era executada pelas sacerdotisas em homenagem à Deusa Ísis, e representava um ritual de experiências sucessivas de auto-conhecimento até a ascensäo espiritual. 

Cores dos véus: Vermelho, laranja, verde, azul, lilás, branco e amarelo claro.

Era chegado o dia da nossa partida. Tinhamos a intenção de ter visitado uma cidade chamada Pamukkale, onde tem os banhos romanos com suas termas e piscinas de águas quentes. Um povoado grego romano, uma cidade antiga dedicada à Afrodite, a Deusa do amor. O Portão de Hércules, o Templo de Adriano, a Biblioteca de Celcius, o Templo de Trajano, o Altar de Zeus, e, finalmente a casa da Virgem Maria, onde ela passou os seus últimos dias, protegida por João Evangelista, quando Jesus, na Sua agonia, pediu-lhe que cuidasse da mãe. Essa casa, foi visitada em 1967 pelo Papa Paulo VI, 1979 por João Paulo II e em 2006, pelo Papa Benedicto XVI. Também, queríamos ter visitado outros lugares de nomes históricos familiares. Infelizmente, não houve tempo.

Logo bem cedo, saimos para Konya, a fim de visitar estalagens fortificadas na Rota da Seda. Essas estalagens, eram apropriadas, para o encontro dos mercadores, a fim de negociarem as suas mercadorias. Naquela época, a SHARIA, lei do Islã, não permitia que eles fizessem nenhum negócio fora dali, ou qualquer tipo de compra e venda. As caravanas de camelos chegavam e ali descansavam, vendiam e compravam as suas mercadorias e havia algumas tendas fora das estalagens, para os mercadores relaxarem, tomarem chá e conversarem sobre outros assuntos. Essa estalagem que visitamos, era muito bem cuidada. com móveis de luxo e muita lojas de produtos da Turquia. Lá fora, o sol brilhava e as rosas que ladeavam os jardins da construção, era de encher os olhos!


Interior da estalagem


Uma das estalagens

Interior da tenda

Tendas, fora das estalagens, para os mercadores descansarem


Interior da estalagem
Rosas ladeando os jardins da construção

À noite no hotel, tivemos a celebração do meu aniversário e foi-me servido a sobremesa em forma de cogumelo.

Celebração do meu aniversário, à noite.

No outro dia, ao amanhecer, seguimos viagem de volta para Alanya, pois no outro dia, à noite, teríamos nosso vôo de volta para a Finlândia!!


Nossa última noite em Alanya
Jouko mostrando o pão turco

Bem, agora já na Finlândia, vou fechar a postagem de hoje com as fotos da comemoração do aniversário de 75 anos de Jouko, na nossa casa, onde fizemos um almoço para casais amigos nossos...




Thursday, August 14, 2014

GÖREME, CAPPADOCIA: SALVE JORGE!!


Depois de um glorioso café da manhã no hotel, seguimos viagem para o nosso hotel em Göreme, onde iríamos ficar por mais alguns dias. Decidimos usar as excursões que o hotel oferecia para ir conhecer o parque Nacional de Göreme. No ônibus, pessoas de vários países, podia-se ouvir muitos idiomas. Dois guias, um falando Inglês e outro Polonês e Russo. O ônibus era muito confortável com ar condicionado e janelas panorâmicas, que nos davam uma visão perfeita por onde passávamos.

Ao chegarmos no Parque Nacional de Göreme, mais surpresas, mais emoções. Essa área, parecia um filme de ficção científica. O museu a céu aberto é um espaço onde se encontram as melhores obras de artes daquela época desde o século IV até o século XI e XII. Começamos visitando uma caverna onde morava uma senhora que nos ofereceu água de cheiro e doces. A idéia era saber como essas pessoas ainda vivem nesses espaços limitados, porém decorado com tapetes lindíssimos e de boa qualidade, uma decoracäo rústica, mas tudo muito limpo e aconchegante. Em seguida, fomos visitar uma outra caverna, onde lá estava a Igreja de São José, afresco do século II. Foi-nos dito que era proibido filmar e em algumas outras, era também proibido tirar fotos. Porém, como era a Igreja do Santo que é José (o nome do meu pai, meu neto e o meu), muito sutilmente, consegui tirar uma foto e fazer um video rápido.

VÍDEO DO AFRESCO DE SÃO JOSÉ:



VIDEO: COMO AS PESSOAS AINDA VIVEM NAS CAVERNAS


Estava sentindo um pouco de tontura e dores no joelho direito, mesmo com a ajuda de Jouko, os acessos para esses lugares eram complicados, devido às subidas e decidas naqueles montes. No entanto, a vontade de ver tantas belezas naturais, tanta história, mesmo sentindo dor, era gratificante escalar aqueles caminhos. Ver aquelas igrejas pintadas com afrescos bizantinos, esculpidas nas pedras, escaladas em cavernas, para mim foi uma experiência ímpar. De cima, podia-se ver as famosas chaminés de fadas, os vales, os balões e indo adiante, vimos o Monte Argeu, coberto de neve, majestoso, com os seus 3.916 metros (chamado também monte Erciyes, um vulcão adormecido cujas erupções, há milhões de anos, foram responsáveis pelas formações rochosas peculiares da região da Cappadocia).

O Monte Argeu visto de oeste, desde a zona de Göreme





Olho turco. Essa árvore é repleta de olhos turcos e fica no Vale dos Pássaros (Vê-se ao fundo). O vale tem este nome por causa de várias casas de pássaros que foram esculpidas nas cavernas. Os pássaros antigamente eram muito importantes para os cristãos, porque eles forneciam os pigmentos para pintar afrescos e cerâmicas, por isso foram feitas tantas casas nas rochas para protegê-los.

Curiosidade do olho turco ou olho grego: Acredita-se que este olho protege contra energia negativa e traz sorte. “O objeto é usado em rituais islâmicos e é curiosa a sua adoção por povos cristãos, como a Grécia e a Armênia”, esclarece Safa Jubran, professora de língua e literatura árabe da Universidade de São Paulo (USP). É muito comum ver olhos gregos ou turcos pendurados em portas, carros ou na forma de pingentes, anéis e chaveiros. Algumas mães colocam esse amuleto na roupa dos bebês e, se o amuleto aparece rachado, significa que protegeu a criança do mau-olhado e deve ser substituído.


Em turco, o olho é chamado de Nazar Bancugu. Bancugu quer dizer “conta”, de rosário. A palavra Nazar, da língua árabe e emprestada pela Turquia, significa olhar, visão. Acredita-se que quando existe algum mau olhado, o olho absorve a energia e se quebra, protegendo a pessoa da negatividade.


Crédito da foto: meusroteirosdeviagem


Crédito das cinco fotos abaixo: wikipedia.org
Çarıklı Kilise, "The Church with Sandals", Museu ao ar livre em Göreme, Cappadocia. A entrada é visível, observe os entalhes nas laterais. O nome da igreja vem de duas pegadas encontradas no afresco na entrada.


Formação rochosa no Museu ao Ar Livre

Igreja da caverna de S.Barbara no Museu ao Ar Livre

Fresco de Santo Onofre

As Três Belas. Um mirante onde estão localizadas as três chaminés-de-fadas mais famosas da Cappadocia, chamadas de “As Três Belas”.



Esse, foi um dos momentos mais emocionantes para mim, pois logo adiante, um lugar chamado Cardinot, com as suas famosas chaminés de fadas. Alí, São Jorge enfrentou o dragão. São Jorge, era um soldado romano, preferido do Imperador Diocleciano. Contudo, não aceitava as injustiças e muito menos, abriu mão da sua fé cristã. Foi torturado e decapitado na Palestina no ano 303.

Em seguida, outra surpresa! na porta de uma fábrica para confecção de jóias em Onix, vejo lá a estátua de São Jorge e, quando cheguei perto, uma placa em homenagem ao nosso saudoso Chico Anysio, feita pelo povo turco em agradecimento pela contribuição dada pela senhora Malga Di Paula, esposa do artista.

Conheça a história do projeto da Senhora Malga acessando a website dela, chamada Serendipity. E a história da homenagem a Chico Anysio na Turquia publicada no blog de Chico aqui nesse link da globo.

Entrada para a fábrica para confecção de jóias em Onix





As igrejas e mosteiros eram fascinantes. As pinturas em fresco, enchiam os olhos para aqueles que apreciam a arte. Um verdadeiro show de genialidade!

Não seria possivel visitar e admirar toda aquela beleza que fascinava os olhos de qualquer humano de uma só vez, ou, até mesmo, descrever! não há palavras que traduzam tanta beleza!! 

A Cappadocia é habitada há milhares de anos por várias civilizações. Já foi capital do Imperio Hitita há tres mil anos e também Província romana.

O Parque Nacional de Göreme, foi tombado pela UNESCO, como Patrimonio Historico da Humanidade, em 1985.

Retornamos ao hotel para jantar e queria muito tomar um banho quentinho, comer e descansar em uma cama gostosa.

Finalizando a postagem, aqui fica um vídeo desse magnífico lugar que é a Cappadocia: