A nossa programação para o dia seguinte seria ir à Nevsehir, visitar as casas dos trogloditas e, depois, dar um passeio pela cidade, comprar doces artesanais e curtir os jardins floridos com aquelas rosas enormes, de cores e tamanhos variados.
Mais encantamento! mais surpresa e claro, mais esforços para subir e descer aqueles acessos para dentro das cavernas. Porém, tinha que aproveitar o tempo que nos restava. Nessas habitações, podia-se perceber que a temperatura ambiente era muito confortável, comparando os 37 graus celcius lá fora. Podia-se observar algumas pinturas... manuscritos e ainda a marca que, ali, viveu uma civilização muito antiga, devido aos ambientes rústicos.
Fora dali, parecia que estava vivendo e vendo um cenário de um outro planeta... nada comparado ao que temos visto até hoje! Aqueles vales contrastando com as montanhas, ornadas com aqueles cogumelos e cones, com os raios solares a brilhar naquele cenário, dava-me mais forças para continuar. Contudo, logo mais a noite, um show espetacular nos esperava!
Optamos por ir pela excursão, porque assim, Jouko podia tomar vinho. Lá chegando, fiquei impressionada com o tamanho do lugar chamado Harmandali, que segundo informações, era a maior casa de shows da Turquia. A casa estava cheia, pessoas de várias nacionalidades. A nossa mesa estava ornada com bandejas de frutas, petiscos, vinho tinto e branco, RAKI, cervejas e outros tipos de bebidas como refrigerantes e sucos. Mais ainda, uma outra imensa com comidas típicas da Turquia.
Em seguida, comecou o espetáculo com danças típicas turcas e a tão esperada "dança do ventre". Dentre elas, seriam mostradas danças de cinco países: Marrocos, Irã, Egito, Turquia e Índia. Cada uma delas deixava-me fascinada, mas a "dança do véu", para mim, era a mais esperada! Essa dança, segundo a história, foi executada por uma jovem linda chamada Salomé que dançou para agradar o Rei Herodes, o qual gostou tanto da dança que lhe ofereceu qualquer coisa que ela desejasse. A mesma, consultando a sua mãe, foi-lhe aconselhada a pedir a cabeça de João Batista e esse pedido foi imediatamente atendido!
VÍDEO: SHOW EM NEVSEHIR
VÍDEO: DANÇA DOS SETE VÉUS
Fiquei fascinada com essa dança, pois nunca tinha antes visto ao vivo. No final da dança, ela, a dançarina, veio em minha direção e deu-me um dos véus, que era amarelo claro, que representa o sol, trazendo alegria e esperança! Adorei!! Uma curiosidade é que, a dançarina era naturalizada turca, mas de origem brasileira. Foram três horas de espetáculo, estava fascinada!! Algum fotográfo profissional tirou a minha foto, sem eu perceber e, na saída, estava lá em um lugar estratégico, um prato de parede com a minha foto. Claro que gostei e comprei o mesmo!
Prato de parede, com a minha foto |
A dança dos sete véus, em sua origem remota, no Egito antigo, era executada pelas sacerdotisas em homenagem à Deusa Ísis, e representava um ritual de experiências sucessivas de auto-conhecimento até a ascensäo espiritual.
Cores dos véus: Vermelho, laranja, verde, azul, lilás, branco e amarelo claro.
Era chegado o dia da nossa partida. Tinhamos a intenção de ter visitado uma cidade chamada Pamukkale, onde tem os banhos romanos com suas termas e piscinas de águas quentes. Um povoado grego romano, uma cidade antiga dedicada à Afrodite, a Deusa do amor. O Portão de Hércules, o Templo de Adriano, a Biblioteca de Celcius, o Templo de Trajano, o Altar de Zeus, e, finalmente a casa da Virgem Maria, onde ela passou os seus últimos dias, protegida por João Evangelista, quando Jesus, na Sua agonia, pediu-lhe que cuidasse da mãe. Essa casa, foi visitada em 1967 pelo Papa Paulo VI, 1979 por João Paulo II e em 2006, pelo Papa Benedicto XVI. Também, queríamos ter visitado outros lugares de nomes históricos familiares. Infelizmente, não houve tempo.
Logo bem cedo, saimos para Konya, a fim de visitar estalagens fortificadas na Rota da Seda. Essas estalagens, eram apropriadas, para o encontro dos mercadores, a fim de negociarem as suas mercadorias. Naquela época, a SHARIA, lei do Islã, não permitia que eles fizessem nenhum negócio fora dali, ou qualquer tipo de compra e venda. As caravanas de camelos chegavam e ali descansavam, vendiam e compravam as suas mercadorias e havia algumas tendas fora das estalagens, para os mercadores relaxarem, tomarem chá e conversarem sobre outros assuntos. Essa estalagem que visitamos, era muito bem cuidada. com móveis de luxo e muita lojas de produtos da Turquia. Lá fora, o sol brilhava e as rosas que ladeavam os jardins da construção, era de encher os olhos!
Interior da estalagem |
Uma das estalagens |
Interior da tenda |
Tendas, fora das estalagens, para os mercadores descansarem |
Interior da estalagem |
À noite no hotel, tivemos a celebração do meu aniversário e foi-me servido a sobremesa em forma de cogumelo.
No outro dia, ao amanhecer, seguimos viagem de volta para Alanya, pois no outro dia, à noite, teríamos nosso vôo de volta para a Finlândia!!
Celebração do meu aniversário, à noite. |
No outro dia, ao amanhecer, seguimos viagem de volta para Alanya, pois no outro dia, à noite, teríamos nosso vôo de volta para a Finlândia!!
Nossa última noite em Alanya |
Jouko mostrando o pão turco |
Bem, agora já na Finlândia, vou fechar a postagem de hoje com as fotos da comemoração do aniversário de 75 anos de Jouko, na nossa casa, onde fizemos um almoço para casais amigos nossos...